
Microsoft corrige vulnerabilidade de escalonamento de privilégios de Power Pages explorada ativamente
Recentemente, a Microsoft divulgou atualizações de segurança para corrigir duas vulnerabilidades críticas que afetam o Bing e o Power Pages. Uma delas, identificada como CVE-2025-24989, já está sendo explorada ativamente por atacantes, permitindo a escalação de privilégios em ambientes do Power Pages. Neste artigo, vamos explorar como essas vulnerabilidades funcionam e como podemos utilizar Python para mitigar riscos semelhantes em ambientes de desenvolvimento e operação.
Entendendo as vulnerabilidades
CVE-2025-21355 – Execução remota de código no Bing
Essa vulnerabilidade ocorre devido à falta de autenticação em funções críticas no Bing, permitindo que um atacante não autorizado execute código remotamente. A Microsoft já corrigiu o problema, mas é importante entender como mitigar riscos semelhantes em sistemas próprios.
CVE-2025-24989 – Escalação de Privilégios no Power Pages
Essa falha envolve um controle de acesso inadequado no Power Pages, uma plataforma de baixo código para criação e hospedagem de sites. Um atacante pode explorar essa vulnerabilidade para elevar privilégios e contornar controles de registro de usuários. A Microsoft já mitigou a falha, mas a inclusão no catálogo KEV (Known Exploited Vulnerabilities) da CISA reforça a gravidade do problema.
Como Python pode ajudar na mitigação?
Python é uma linguagem versátil e amplamente utilizada em segurança cibernética. Abaixo, apresentamos exemplos de como Python pode ser usado para mitigar riscos semelhantes aos descritos nas vulnerabilidades acima.
1. Verificação de autenticação em funções críticas (CVE-2025-21355)
Uma das melhores práticas para evitar falhas como a do Bing é garantir que todas as funções críticas exijam autenticação. Podemos usar Python para criar um script que verifique se endpoints ou funções estão protegidos.
import requests def check_authentication(url, headers=None): try: response = requests.get(url, headers=headers) if response.status_code == 401 or response.status_code == 403: print(f"[SUCESSO] {url} está protegido por autenticação.") else: print(f"[ALERTA] {url} pode não exigir autenticação!") except Exception as e: print(f"[ERRO] Falha ao acessar {url}: {e}") # Exemplo de uso check_authentication("https://exemplo.com/funcao-critica")
Esse script verifica se uma URL retorna códigos de status 401 (Não autorizado) ou 403 (Proibido), indicando que a autenticação está em vigor.
2. Monitoramento de controle de acesso (CVE-2025-24989)
Para evitar falhas de controle de acesso como a do Power Pages, podemos implementar um sistema de monitoramento que verifica permissões de usuários em tempo real.
import logging # Configuração de logging logging.basicConfig(filename='access_control.log', level=logging.INFO) def log_access_attempt(user, resource, has_access): if has_access: logging.info(f"Usuário {user} acessou {resource} com sucesso.") else: logging.warning(f"Tentativa de acesso não autorizado: {user}
tentou acessar {resource}.") # Exemplo de uso log_access_attempt("admin", "/painel-admin", True) log_access_attempt("usuario-comum", "/painel-admin", False)
Esse script registra tentativas de acesso, ajudando a identificar atividades suspeitas ou não autorizadas.
3. Varredura de vulnerabilidades em dependências
Muitas vulnerabilidades surgem de dependências desatualizadas ou comprometidas. Podemos usar Python para verificar se as bibliotecas utilizadas em um projeto estão atualizadas.
import subprocess def check_dependencies(): try: result = subprocess.run(['pip', 'list', '--outdated'], capture_output=True, text=True) if result.returncode == 0: outdated_packages = result.stdout.splitlines()[2:] if outdated_packages: print("[ALERTA] Pacotes desatualizados encontrados:") for package in outdated_packages: print(package) else: print("[SUCESSO] Todos os pacotes estão atualizados.") else: print("[ERRO] Falha ao verificar dependências.") except Exception as e: print(f"[ERRO] {e}") # Exemplo de uso check_dependencies()
Esse script utiliza o comando pip list --outdated
para identificar pacotes desatualizados, ajudando a manter o ambiente seguro.
4. Simulação de ataques de escalação de privilégios
Podemos usar Python para simular ataques de escalação de privilégios e testar a robustez dos controles de acesso.
import os def simulate_privilege_escalation(): try: # Tentativa de acessar um recurso restrito os.system("echo 'Tentando acessar recurso restrito...'") os.system("cat /etc/shadow") except Exception as e: print(f"[ERRO] Falha na simulação: {e}") # Exemplo de uso simulate_privilege_escalation()
Esse script simula uma tentativa de acesso a um arquivo restrito do sistema. Em um ambiente real, você pode usar ferramentas como o OWASP ZAP ou Metasploit para testes mais avançados.
Conclusão
As vulnerabilidades CVE-2025-21355 e CVE-2025-24989 destacam a importância de controles robustos de autenticação e acesso. Utilizando Python, podemos implementar verificações proativas, monitorar atividades suspeitas e garantir que nossos sistemas estejam protegidos contra ameaças semelhantes.
A segurança cibernética é um processo contínuo, e ferramentas como Python nos permitem automatizar e aprimorar nossas defesas. Se você trabalha com desenvolvimento ou operações, considere integrar essas práticas em seu fluxo de trabalho para mitigar riscos e proteger seus sistemas.
Fonte e imagens: https://thehackernews.com/2025/02/microsoft-patches-actively-exploited.html