Vulnerabilidade PostgreSQL explorada junto com o BeyondTrust

Vulnerabilidade do PostgreSQL explorada junto com o BeyondTrust Zero-Day em ataques direcionados

Recentemente, a comunidade de segurança cibernética foi alertada sobre uma vulnerabilidade crítica no PostgreSQL, identificada como CVE-2025-1094, que permite a execução de código arbitrário (ACE) através de injeção SQL. Essa falha foi explorada em conjunto com uma vulnerabilidade zero-day no software BeyondTrust, destacando a importância de práticas robustas de segurança e mitigação proativa.

Neste artigo, exploraremos como você pode utilizar Python para mitigar riscos associados a vulnerabilidades como a CVE-2025-1094, com exemplos práticos de implementação.

 

Entendendo a Vulnerabilidade CVE-2025-1094

A vulnerabilidade no PostgreSQL ocorre devido ao tratamento inadequado de caracteres UTF-8 inválidos, permitindo que um atacante explore comandos meta como \! para executar comandos no sistema operacional. Isso pode ser especialmente perigoso quando combinado com injeções SQL, pois abre caminho para a execução de código arbitrário.

 

Cenário de Ataque:

  • Um atacante injeta um comando SQL malicioso em uma consulta.

  • O comando \! é utilizado para executar comandos no shell do sistema.

  • O atacante ganha controle sobre o sistema, podendo roubar dados, instalar malware ou causar outros danos.

 

Mitigando a vulnerabilidade com Python

Python é uma linguagem poderosa para automação de tarefas de segurança, incluindo a detecção e prevenção de vulnerabilidades. Abaixo, apresentamos algumas práticas para mitigar riscos associados ao CVE-2025-1094.

 

1. Validação de entradas

A primeira linha de defesa contra injeções SQL é a validação rigorosa das entradas de dados. Utilize bibliotecas como re (expressões regulares) para garantir que apenas caracteres válidos sejam aceitos.

 

import re

def validate_input(input_string):
    # Permite apenas caracteres alfanuméricos e alguns símbolos seguros
    if re.match(r"^[a-zA-Z0-9\s\.\-_]*$", input_string):
        return True
    return False

# Exemplo de uso
user_input = "SELECT * FROM users WHERE username = 'admin'"
if not validate_input(user_input):
    print("Entrada inválida detectada!")

2. Uso de consultas parametrizadas

Consultas parametrizadas previnem injeções SQL ao separar claramente o código SQL dos dados fornecidos pelo usuário. A biblioteca psycopg2 é amplamente utilizada para interagir com o PostgreSQL em Python.

 

import psycopg2

def safe_query(username):
    try:
        connection = psycopg2.connect(
            dbname="mydatabase", user="myuser", password="mypassword", host="localhost"
        )
        cursor = connection.cursor()
        
        # Consulta parametrizada
        query = "SELECT * FROM users WHERE username = %s"
        cursor.execute(query, (username,))
        
        results = cursor.fetchall()
        print(results)
    except Exception as e:
        print(f"Erro ao executar a consulta: {e}")
    finally:
        if connection:
            cursor.close()
            connection.close()

# Exemplo de uso
safe_query("admin")

3. Monitoramento de comandos Shell

Para detectar tentativas de exploração do comando \!, você pode implementar um monitoramento de logs no PostgreSQL. Python pode ser usado para analisar logs em tempo real e alertar sobre atividades suspeitas.

 

import subprocess
import re

def monitor_logs(log_file):
    try:
        process = subprocess.Popen(["tail", "-f", log_file], stdout=subprocess.PIPE)
        while True:
            line = process.stdout.readline()
            if not line:
                break
            if re.search(r"\\!", line.decode("utf-8")):
                print(f"Tentativa de execução de shell detectada: {line.decode('utf-8')}")
    except KeyboardInterrupt:
        print("Monitoramento interrompido.")

# Exemplo de uso
monitor_logs("/var/log/postgresql/postgresql.log")


4. Atualização automática do PostgreSQL

Manter o PostgreSQL atualizado é crucial para mitigar vulnerabilidades conhecidas. Você pode utilizar Python para automatizar a verificação e aplicação de atualizações.

 

import subprocess

def update_postgresql():
    try:
        # Atualiza pacotes do PostgreSQL
        subprocess.run(["sudo", "apt-get", "update"], check=True)
        subprocess.run(["sudo", "apt-get", "install", "--only-upgrade", "postgresql"],
check=True) print("PostgreSQL atualizado com sucesso.") except subprocess.CalledProcessError as e: print(f"Erro ao atualizar o PostgreSQL: {e}") # Exemplo de uso update_postgresql()



Conclusão

A exploração de vulnerabilidades como a CVE-2025-1094 no PostgreSQL e a integração com falhas de zero-day, como no BeyondTrust, destacam a necessidade de uma abordagem proativa em segurança cibernética. Utilizando Python, você pode implementar medidas eficazes para mitigar esses riscos, desde a validação de entradas até o monitoramento de logs e a aplicação de atualizações.

Lembre-se: a segurança é um processo contínuo. Mantenha-se informado sobre as últimas vulnerabilidades, aplique patches regularmente e utilize ferramentas como Python para fortalecer suas defesas.

 

Fonte e imagens: https://thehackernews.com/2025/02/postgresql-vulnerability-exploited.html