Cyber Threat Intelligence (CTI) em 2025

Cyber Threat Intelligence (CTI) em 2025: A Evolução da inteligência contra ameaças cibernéticas

O cenário de segurança cibernética está em constante evolução, e as organizações precisam se adaptar rapidamente para se protegerem contra ameaças cada vez mais sofisticadas. No Cyber Insights 2025, a SecurityWeek reuniu opiniões de especialistas sobre as tendências e desafios que moldarão o futuro da segurança cibernética nos próximos 12 meses. Um dos temas centrais discutidos foi a Cyber Threat Intelligence (CTI), ou Inteligência Contra Ameaças Cibernéticas, e seu papel crítico na proteção de organizações.

Neste artigo, exploramos a importância da CTI, como ela está evoluindo e por que ela é essencial para uma estratégia de segurança proativa em 2025.

 

O que É Cyber Threat Intelligence (CTI)?

A CTI é o processo de coleta, análise e disseminação de informações sobre ameaças cibernéticas. Seu objetivo é fornecer insights sobre:

  • Fontes e naturezas dos ataques: Quem são os atacantes, quais são suas táticas, técnicas e procedimentos (TTPs)?

  • Alvos e motivações: Quem está sendo atacado e por quê?

  • Ameaças existentes e iminentes: Há indícios de ataques em andamento ou planejados?

 

Como diz Pascal Geenens, diretor de inteligência de ameaças na Radware, “A CTI é o alerta precoce da segurança cibernética.” Ela permite que as organizações antecipem ameaças, priorizem recursos e tomem decisões informadas para proteger seus ativos.

 

Por Que a CTI É tão importante?

1. Transição de estratégias reativas para proativas

Tradicionalmente, muitas organizações adotam uma abordagem reativa à segurança cibernética, respondendo a incidentes após eles ocorrerem. No entanto, como destaca Callie Guenther, gerente sênior de pesquisa de ameaças cibernéticas na Critical Start, “O CTI se tornará mais crítico à medida que as organizações mudarem de estratégias reativas para proativas.”

A CTI permite que as equipes de segurança identifiquem ameaças antes que elas se materializem, reduzindo o tempo de resposta e minimizando danos.

 

2. A insustentabilidade das “muralhas mais altas”

Morten Mjels, CEO da Green Raven Limited, observa que “Simplesmente construir muros mais altos não está funcionando.” A segurança cibernética não pode depender apenas de firewalls e antivírus. As ameaças estão evoluindo mais rápido do que as defesas tradicionais podem se adaptar.

A CTI fornece a visibilidade necessária para que os profissionais de segurança não “trabalhem vendados”. Ela ajuda a identificar lacunas nas defesas e a priorizar investimentos em áreas críticas.

 

3. Conscientização situacional em tempo real

Com a velocidade e a sofisticação crescentes dos ataques, a capacidade de tomar decisões informadas em tempo real é crucial. Callie Guenther ressalta que “O CTI desempenhará um papel vital em permitir a conscientização situacional quase em tempo real.”

Isso é especialmente importante em um cenário onde novas ameaças surgem constantemente e a superfície de ataque está em expansão (veja também Cyber Insights 2025: Attack Surface Management).

 

Desafios e evolução da CTI em 2025

1. A Necessidade de inteligência acionável

A CTI só é valiosa se for completa, precisa e acionável. Muitas organizações lutam para transformar grandes volumes de dados em insights práticos. Em 2025, a ênfase estará em ferramentas e processos que permitam a automação e a integração da CTI com sistemas de segurança existentes.

 

2. Velocidade e eficiência

Os atacantes estão se movendo mais rápido do que nunca. Para ficar um passo à frente, a CTI precisa evoluir para fornecer inteligência de forma mais rápida e eficiente. Isso inclui o uso de machine learning e IA para analisar grandes conjuntos de dados e identificar padrões de ameaças em tempo real.

 

3. Cobertura de novas ameaças

À medida que novas ameaças surgem, a CTI deve se adaptar para cobrir riscos emergentes, como ataques a cadeias de suprimentos, deepfakes e explorações de vulnerabilidades zero-day. A capacidade de antecipar e mitigar essas ameaças será um diferencial crítico.

 

Como as organizações podem se preparar?

1. Invista em ferramentas de CTI modernas

Adote plataformas de CTI que ofereçam automação, integração com sistemas de segurança e análise em tempo real. Ferramentas como MISP (Malware Information Sharing Platform) e ThreatConnect são exemplos populares.

 

2. Integre CTI com operações de segurança

A CTI deve ser integrada aos processos de segurança existentes, como SIEM (Security Information and Event Management) e SOAR (Security Orchestration, Automation, and Response). Isso permite que as equipes respondam rapidamente a ameaças identificadas.

 

3. Capacite sua equipe

Treine sua equipe para entender e utilizar a CTI de forma eficaz. Isso inclui a interpretação de indicadores de comprometimento (IOCs), a análise de padrões de ataque e a aplicação de insights em estratégias de defesa.

 

4. Colabore com a comunidade de segurança

Compartilhe e receba inteligência de ameaças com outras organizações e setores. A colaboração é essencial para combater ameaças cibernéticas de forma coletiva.

 

Conclusão

Cyber Threat Intelligence (CTI) está se tornando um pilar essencial da segurança cibernética em 2025. À medida que as ameaças evoluem e se tornam mais complexas, as organizações precisam adotar uma abordagem proativa, baseada em inteligência acionável e conscientização situacional em tempo real.

Como destacam os especialistas, “Não se pode exagerar a importância da CTI.” Ela não apenas ajuda a identificar e mitigar ameaças, mas também permite que as organizações priorizem recursos, protejam seus ativos e fiquem um passo à frente dos atacantes.

 

Fonte e imagens: https://www.securityweek.com/cyber-insights-2025-cyber-threat-intelligence/