Facebook admite que hackers tiveram acesso a dados de 29 milhões de usuários

Hackers tiveram acesso a dados pessoais e de localidade. Companhia disse que FBI investiga o caso e que pediu para não discutir autor do ataque

O Facebook confirmou que dados pessoais de 29 milhões de usuários foram roubados por hackers. Segundo comunicado da companhia publicado nesta sexta-feira (12), hackers acessaram detalhes de contato, incluindo aí nome, número de telefone e e-mail de 15 milhões de pessoas. Já outros 14 milhões de usuários da rede social tiveram ainda mais dados acessados – gênero, localidade, status de relacionamento, religião e cidade natal e até mesmo os dispositivos usados para acessar o Facebook, seu local de trabalho e os últimos dez locais onde estiveram ou que foram marcados.

Há duas semanas, o Facebook anunciou que investigava um incidente de segurança que afetava inicialmente 50 milhões de usuários. “Das 50 milhões de pessoas que tiveram o acesso ao token comprometido, nós acreditamos que na verdade 30 milhões delas tiveram seus tokens roubados”, escreveu Guy Rosen, vice-presidente de Gerenciamento de Produto, em post no blog da companhia. Segundo ele, invasores exploraram uma vulnerabilidade de código do Facebook que existiu entre julho de 2017 e setembro de 2018. Tal vulnerabilidade impactava a função “Ver Como”, que permite às pessoas verem como seus perfis aparecem para outras.

“Isso permitiu que os invasores roubassem tokens de acesso ao Facebook, que foram usados para que eles pudessem ter acesso às contas das pessoas. Tokens de acesso são como chaves digitais que mantêm as pessoas logadas no Facebook para que não precisem digitar novamente sua senha toda vez que acessam o aplicativo”, completou.

A empresa ainda disse que está cooperando com o FBI, que investiga  o caso ativamente e que “nos pediu para não discutir sobre quem pode estar por trás deste ataque”.

Você foi afetado?

O Facebook informa que os usuários da rede social podem checar se foram afetados visitando a página Central de Ajuda. “Nos próximos dias, enviaremos mensagens customizadas a cada uma das 30 milhões de pessoas afetadas para explicar quais informações os invasores podem ter acessado, bem como medidas que elas podem tomar para ajudar a se proteger, incluindo de emails maliciosos, mensagens de texto ou chamadas telefônicas”.

Anteriormente, a rede social havia anunciado que o ataque não inclui outros apps controlados pela empresa, entre eles Instagram, WhatsApp e Messenger.

 

Fonte: IDGNOW