Solução atinge o crime digital a partir da memória, algo que exige elevados investimentos
Pesquisadores da Escola Politécnica da Universidade de São Paulo (Poli-USP) desenvolveram um software de licença livre cujo objetivo é combater os chamados ataques de força bruta – aqueles que são realizados por hackers com uso de supercomputadores, cluster ou placas gráficas para roubar senhas de usuários.
Batizado de Lyra2, a solução atinge o crime digital a partir da memória, algo que exige elevados investimentos.
“Criamos funções que encarecem o ataque ao ponto de torná-lo inviável financeiramente. Para senhas de complexidade média, por exemplo, o valor gasto com a aquisição de memória para a construção de um hardware capaz de burlar a proteção do Lyra2 é de cerca de U$ 126 mil. Já para senhas de alta complexidade, que exigem diversos caracteres, letras, número e símbolos, o investimento exigido pode chegar a US$ 8,3 bilhões”, explica Ewerton Rodrigues Andrade, um dos engenheiros responsáveis pela solução.
O Lyra-2 é resultado da tese de doutorado de Andrade e já conquistou prêmios na área. É o caso do prêmio de melhor projeto de doutorado na segunda edição do International Conference on Information Systems Security and Privacy (ICISSP).
Por ser um software de licença livre, o Lyra2 pode ser usado sem necessidade de pagamento de direitos. A única condição é que seja citada a fonte.