Flame, Flashback, Blackhole e Zeus entraram para a lista das maiores ameaças do ano feita pela empresa de segurança Panda Labs.
O laboratório de segurança Panda Labs, da empresa de antivírus Panda Security, divulgou na quinta-feira (27/12) uma lista com os vírus que se destacaram ao longo de 2012.
“Como sempre, em vez de um ranking com os vírus que mais se espalharam ou os que causaram mais infecções, escolhemos simplesmente alguns dos que, por uma razão ou outra, se destacaram do restante”, disse a empresa.
Segundo o relatório “Virus Yearbook 2012”, essa foi uma seleção difícil, considerando as mais de 24 milhões de novas ameaças identificadas ao longo do ano.
- Police virus: segundo o relatório da Panda Labs, esse malware foi o responsável pelas maiores dores de cabeça dos departamentos de TI em 2012. O Police virus é um típico ransomware. Ele exibe uma mensagem aos usuários dos computadores infectados, afirmando ser do departamento de polícia. A máquina é bloqueada e o motivo seria o suposto download com material ilegal realizado a partir daquele PC. Para liberar os arquivos, a vítima é obrigada a pagar uma multa. Versões mais recentes da ameaça utilizam, inclusive de artifícios, como mostrar imagens tiradas pela câmera embutida na máquina, para fazer com que o ataque seja mais realista.
- Flame: o supervírus espião ficou conhecido por atacar os computadores e sabotar o programa de enriquecimento de urânio do Irã. A ameaça foi criada em conjunto pelos Estados Unidos e por Israel e, segundo a Panda Labs, “essa é uma das mais poderosas ferramentas de ciberguerra criadas até o momento”.
- Flashback: ganhou as manchetes por ter infectado milhares de sistemas Windows e, principalmente, Macs. Depois do seu aparecimento, usuários Mac tiveram que ficar mais atentos às ameaças disponíveis no mercado.
- Zeus: um Cavalo de Troia que rouba informações de internet banking de usuários desavisados. O malware atuou por algum tempo somente em computadores, mas ao longo de 2012, novas variantes do vírus surgiram para expandir os efeitos para dispositivos móveis com sistemas Android, Blackberry e Sybian.
- Koobface: o principal objetivo desse malware é espalhar mentiras pelas plataformas sociais com a intenção de infectar usuários. Um exemplo foi uma mensagem de que o Presidente Barack Obama teria sido atacado por alguém que o insultou racialmente. Essa história pode não ter chegado aos usuários brasileiros – ou ter afetados alguns poucos – mas isso não diminui o seu risco. A Panda Labs sugere que todos os usuários de redes sociais fiquem atentos às histórias sensacionalistas que se espalham pela rede: “esse é o truque favorito dos cibercriminosos”.
- Blackhole: segundo a Panda Labs, esse é o kit de exploração para a criação de malware mais popular do ano. Ele ficou conhecido por explorar inúmeros bugs de segurança em softwares populares – em particular Java e Adobe – e pode ser utilizado por servidores maliciosos para injetar malware em dispositivos sem o conhecimento do usuário. Uma pesquisa divulgada em dezembro pela empresa de segurança Sophos mostrou que o Brasil está entre os 10 países que hospedam sites infectados pelo kit.
- DarkAngle: um falso antivírus que se passou pelo legítimo Panda Cloud Antivirus. Malwares desse tipo também são chamados de “scareware”
- Ainslot.L: curiosamente, esse malware foi projetado para se sobressair. Quando infectava uma máquina, o Ainslot.L realizava uma varredura com a intenção de excluir do sistema todo e qualquer outra ameaça que estivesse em seu caminho.
- Kuluoz: esse worm tem como alvo usuários de e-mails. Ele envia mensagens às vítimas, falando sobre produtos que foram supostamente comprados – igual quando recebemos aquelas confirmações de compra online. A diferença é que esse e-mail parece ser da FedEx e informa aos usuários que eles tem um pacote para receber.